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Writer's pictureWagner Rodrigues

Saúde envia 100 mil doses extras de vacina contra febre amarela para São Paulo

No ano passado, Programa Nacional de Imunizações distribuiu mais de 20 milhões de doses para todo o Brasil. Mais de 4 milhões foram para São Paulo


Nesta segunda-feira (6/1), o Ministério da Saúde entregou 100 mil doses extras de vacina contra a febre amarela para São Paulo, após registros de casos da doença em macacos, em algumas regiões do estado. A intensificação da vacinação é uma das recomendações para o controle de casos. Em 2024, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribuiu mais de 20 milhões de doses para todo o Brasil, dessas mais de 4 milhões foram para São Paulo. Ainda em janeiro, o PNI vai distribuir mais 600 mil doses de rotina para o estado.

Desde o mês de novembro do ano passado, o PNI vem atendendo em 100% os pedidos de vacina contra a febre amarela feito por São Paulo. Após o comunicado, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para verificar o planejamento e a estratégia de vacinação das doses extras adotados, que deve seguir em acordo com as orientações do calendário vacinal estabelecido pelo Ministério da Saúde:


  • 1ª dose: aos noves 9 meses;

  • Reforço: aos 4 anos de idade;

  • 1ª dose (caso a criança não tenha recebido as duas doses recomendadas antes de completar 5 anos): aos 5 anos de idade;

  • Dose única (caso não tenha recebido nenhuma dose até os 5 anos ou reforçar, caso a pessoa tenha recebido uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade): a qualquer tempo;

  • Dose única Pessoas a partir de 60 anos, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação, o serviço de saúde deverá avaliar a pertinência e o risco X benefício da vacinação): a partir de 60 anos.


No Brasil, o ciclo da doença atualmente é silvestre, com transmissão por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes . Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no país em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão. No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.


Prevenção

A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) a oferta durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que serão vacinados pela primeira vez. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).


O imunizante está entre os 13 das 16 principais vacinas de rotina do calendário infantil que teve aumento na cobertura vacinal em 2023 (70%), se comparado com os dados de 2022 (60,7%).


João Vitor Moura/Ministério da Saúde

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